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Entrevista Traduzida: GQ Australia

Nascido e criado em Estocolmo, Joel Kinnaman caminhou para o estrelato internacional depois de seu papel no hit sueco, “Dinheiro fácil” (Easy Money/Snabba Cash). Alguns outros thrillers, uma série de TV e a namorada celebridade super badalada Olivia Munn, Kinnaman tinha feito o seu caminho até Hollywood, por pouco pegando papéis principais em Thor e Mad Max 4. Mais recentemente, o astro de 35 anos compartilhou a tela com Liam Neeson no filme de ação “Noite Sem Fim” (Run All Night) e está definido para estrelar “Esquadrão Suicida” como o vilão Rick Flag.

A GQ Australia conversou com Kinnaman para descobrir como era trabalhar com algumas das maiores estrelas de ação.

GQ: De onde você é originalmente?
Joel Kinnaman: Meu pai é Americano, mas eu cresci na Suécia. Eu também fui um estudante de intercâmbio nos EUA quando eu tinha 17 anos, então eu realmente me formei no colegial no Texas.

GQ: Você interpreta Mike Coleman no filme Noite Sem Fim. Você pode nos contar um pouco da história sobre o seu personagem? Como é que você encontra esse cara como ator?
JK: Às vezes, quando eu entro em uma história e um personagem, eu não me preocupo muito sobre uma história por trás. Eu meio que só tenho uma noção do que poderia ser, e depois é fácil de acessar o material e as emoções na mesma. Aqui, uma vez que nós falamos muito sobre o que aconteceu no passado, era mais importante ter uma imagem muito clara de como foi crescer. E Brad Ingelsby escreveu um roteiro bonito que eu realmente gostei, mas havia uma coisa em seu script que eu queria trabalhar em um pouco mais e que era meu personagem, Mike. Ele foi escrito de um jeito limpo e ele realmente era um bom rapaz. E ele se torna muito mais uma vítima da circunstância neste filme.

E foi aí que a história por trás entrou em jogo para mim, porque eu senti se você tivesse crescido em um bairro como ele cresceu, e com um pai que era alcoólatra e um gângster conhecido, criou-se um ambiente muito inseguro. Crescendo em um bairro como aquele onde todo mundo sabe quem é seu pai, você tem um monte de expectativas sobre você. Portanto, isso vai mudar. E também o fato de que você não tem um pai. Você tem um mau pai. Isso vai construir uma grande quantidade de raiva e ressentimento e que tem de se manifestar no comportamento do personagem. É por isso que nós o mudamos, e eu senti que era importante que ele tivesse alguma violência nele. E é por isso que surgiu o fato dele ter tido uma tentativa de ser um lutador profissional. Não deu certo, mas foi assim que ele tirou um pouco da agressividade anterior.

Então, quando esses eventos começam a se desenrolar, vemos que Mike é um cara que tem um monte de problemas de raiva e ele é fisicamente capaz. Para ele, é mais de não deixar esse lado dele assumir, porque então ele se tornaria como seu pai, e toda a sua missão de vida até agora tem sido viver a vida oposta de seu pai e criar uma vida para os seus filhos que ele não teve.

GQ: Alguma dificuldades de interpretar o cara irlandes?
JK: Não. Eu estava tentando largar esse meu sotaque do Queens e apenas ser um cara da rua e é uma grande ajuda quando você está em um tiroteio em Nova York, porque você tem tantas pessoas ao seu redor e Nova York apenas tem um tipo muito específico e especial de humor. É muito amor resistente em Nova York.

GQ: Você ficou animado quando soube que você iria trabalhar com atores como Liam Neeson, Ed Harris e Nick Nolte?
JK: É muito fácil para mim ficar confortável com esses caras. Posso entrar com muito respeito, mas eu também estou bastante confiante no que eu posso fazer e eu estou sempre muito bem preparado. Então, quando começamos a ensaiar, eles sabem que eu estou lá. E há uma coisa quando você está trabalhando com atores, independentemente de quanto eles são famosos ou de qual sua posição seja: assim que você começa a ensaiar e você sente que a outra pessoa está lá e está presente com você, isso sempre forma um sentido de respeito mútuo.

GQ: Suas cenas com Aubrey Omari Joseph, que interpreta o jovem garoto que seu personagem é mentor, foram realmente muito boas. Foi divertido trabalhar com ele?
JK: Ele fez um grande trabalho. Sim, ele também era um garoto sério que veio realmente bem preparado e ele era esperto. Ele lê muitos livros, por isso foi realmente fácil de falar com ele e muitas vezes eu tento gostar de formar uma ligação quando eu trabalho com as crianças para que elas se sintam seguros. Você ensaia muito ao lado.

Muita gente acha que a improvisação é que você simplesmente chega a algo legal. Mas a maneira de improvisar é para ser realmente bem preparado e muito bem ensaiado. E então eu estava tentando fazer isso um pouco com ele e apenas formar uma amizade assim ele se sentiu calmo.

Mas eu estou muito, muito orgulhoso deste filme. Estou feliz. Eu senti que este filme realmente correu bem, mas então você nunca sabe como isso vai ficar no resultado final. E então eu vi esse filme e foi exatamente o que eu esperava que ia ser. É firme, mas ainda um pouco emocional.